sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Motoboys terão 75 dias para curso

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

O Serviço Nacional de Aprendizagem de Transportes deve iniciar apenas na segunda metade de outubro o curso para motoboys na região. A preparação é necessária para atender à resolução 350 do Conselho Nacional de Trânsito, que obriga os trabalhadores de motofrete a passar por 30 horas de especialização.

Com isso, os 45 mil motoboys do Grande ABC terão apenas 75 dias para se adequar à norma, já que a fiscalização será feita pelas prefeituras e Polícia Militar a partir do dia 1º de janeiro. O Detran informou que o Senat está em fase final de credenciamento para poder iniciar as aulas.

O diretor do Senat de Santo André - único local que fornecerá o curso na região -, Rafael Marchesi, disse que o início só depende da finalização da pista e da regularização da parte burocrática. Os transportadores que contribuem com o Senat terão gasto de R$ 60 para a compra de materiais didáticos. Para os demais, o valor será de R$ 120.

Apesar do prazo curto, Marchesi avaliou que conseguirá atender toda a demanda. "Consigo treinar cerca de mil pessoas por semana, com facilidade", comentou.

Um dos motivos do atraso foi o imbróglio sobre as entidades que ministrariam as aulas. Desde o início, o Contran havia determinado que o Senat seria o órgão reconhecido. No entanto, após portaria do Detran, o curso havia passado a ser de responsabilidade dos Centros de Formação de Condutores. Meses depois, o Detran voltou atrás e decidiu novamente que a capacitação deveria ser feita pelo Senat.

Para fazer matrícula, o aluno deve ser maior de 21 anos, estar habilitado na categoria A há pelo menos dois anos e não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir.

Sindicato da categoria aprova obrigatoriedade das aulas

O Sindicato dos Motoboys do Grande ABC é favorável à resolução que obriga os trabalhadores de motofrete a passarem por curso de especialização.

"Isso é um pleito nosso. Nós brigamos por isso para regularizar a profissão e garantir mais segurança aos motoqueiros", explicou Carlos Eduardo Tavares, diretor da entidade.

Carlão, como é conhecido, acredita que, após os motoboys passarem pela capacitação, haverá diminuição no número de acidentes. "O curso lidará bastante com a questão da proteção."

O sindicalista considerou que, mesmo com pouco tempo, a maior parte da categoria conseguirá passar pelo curso até janeiro. "Haverá aulas nos três períodos, além dos fins de semana. Mas é claro que isso também depende do interesse de cada um. Não dá para deixar para a última hora", finalizou. O curso terá 25 horas de aulas teóricas e cinco de práticas.

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